Identidade, memória e autoficção em Une Si Longue Lettre, de Mariama Bâ

Tese de Doutorado
por Portal PPGELIT ILEEL
Publicado: 08/02/2021 - 20:36
Última modificação: 23/02/2021 - 10:44

A tese intitulada “Identidade, memória e autoficção em “Une Si Longue Lettre”, de Mariama Bâ” tem como objetivo estudar a obra “Une si longue lettre” (1979), da autora senegalesa, sob a perspectiva de um olhar autoral feminino para a sociedade africana. As questões culturais, bem como os diversos aspectos sociais relativos à mulher, que emergem texto de Bâ, serão analisados à luz da articulação entre a (re)construção identitária, a memorialística e a autoficção, considerando-se a possibilidade de contato entre as temáticas apresentadas e os eventos biográficos de Mariama Bâ, possível porta-voz de uma sociedade feminina senegalesa. Pretende-se analisar, a priori, as questões sociais que emanam da obra aqui estudada e apontam para um construto de identidades, seja pela ação presente da narrativa ou pelo exercício da memória, defrontando-se com a dualidade da (re)afirmação de uma identidade social tradicional e a tentativa de rompimento com esses princípios. É nesse contexto e diante de uma fortuna crítica referente à autora que se propõe a analisar essa obra ainda pouco difundida no Brasil. Será realizado um estudo que responda às seguintes perguntas: teria Mariama Bâ se baseado em aspectos da sua vida pessoal para a escrita de “Une si longue lettre”? A personagem Ramatoulaye pode ser analisada como uma porta-voz de tantas outras vozes senegalesas silenciadas? Pensando nesses questionamentos, serão verificadas possíveis relações entre o presente histórico e pessoal da escritora com a obra. Posteriormente à escrita do romance, a filha de Mariama Bâ, Ndiaye (2007) em “Les allés d’un destin”, escrita sobre a sua mãe, apresenta aspectos da vida da autora de “Une si longue lettre”, que podem revelar pontos de contato existentes entre a vida da escritora e a narrativa. Em outras palavras, procura-se verificar se o romance de Mariama Bâ poderia ser lido, em certa medida, como autoficcional, que é a hipótese desta tese.  

Palavras-chave:Une si longue lettre”. Mariama Bâ. Identidade. Memória. Autoficção.

Orientadora: Fernanda Aquino Sylvestre
Banca Examinadora: 
Flávia Andrea Rodrigues Benfatti - Universidade Federal de Uberlândia - UFU
Kenia Maria de Almeida Pereira - Universidade Federal de Uberlândia - UFU
- Universidade Federal de Uberlândia - UFU (Suplente)
Brenda Carlos de Andrade - Universidade Federal Rural de Pernambuco - UFRPE
Josilene Pinheiro-Mariz - Universidade Federal de Campina Grande - UFCG
Cláudia Fernanda Campos de Mauro - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - Unesp (Suplente)
Data e Horário: 
24/02/2021 - 09:30
Avenida João Naves de Ávila, 2121 Bairro Santa Mônica
Uberlândia, Minas Gerais, Brasil
38408-902
Campus Santa Mônica - Bloco 1G - Sala 256
Complemento: 
Bairro Santa Mônica
Referências: 
centro de convivência