O trote da escrita: o narrador-operador em Mil rosas roubadas, de Silviano Santiago
Publicado: 13/03/2024 - 10:44
Última modificação: 13/03/2024 - 10:45
RESUMO
Esta tese analisa o romance Mil rosas roubadas, de Silviano Santiago, de 2014, à luz da definição de um foco narrativo do “narrador-operador”, a partir da hipótese de que o escritor empírico, em se tratando de obra de temática homoerótica, lida com o texto enquanto refração de várias camadas de si e refletindo a educação do texto, tornando-o legível pela sociedade heteronormativa. Para isso, discute as teorias literárias precedentes acerca dos elementos “autor” e “narrador”, além do levantamento da crítica literária acerca da autoficção e das autobiografias, para entender que a teoria é possível de ser aplicada a narradores intradiegéticos, narrando em primeira pessoa e em literatura de temática homoerótica. Em seguida, analisa-se a obra levantando os elementos que podem ser utilizados para controlar de maneira evidente como a obra será recebida por um público leitor, visando educar o texto e valendo-se da crítica literária produzida pelo próprio Silviano Santiago e outros autores que abordam sobre a memória, como Ricoeur (1994), Halbwachs (1990) e Gagnebin (2009). Por fim, realiza em forma de ensaio as intertextualidades contidas no romance de Santiago, identificando elementos extratextuais que permitem reconhecer a figura do autor empírico se camuflando por trás da existência desse narrador sem nome. A definição desse foco narrativo que “trota” visa entender a singularidade do romance em questão ao mesmo tempo que observa como há um ideal cristalizado para o que pode ou não ser considerado literatura ou editado por grandes companhias.
Palavras-chave: Foco narrativo; Narrador-operador; Narrador; Autor; Silviano Santiago.
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