Slam Surdo em Cena: corpo e voz constituindo resistência e reexistência

Tese de Doutorado
por Portal PPGELIT ILEEL
Publicado: 20/03/2024 - 08:01
Última modificação: 20/03/2024 - 08:02

RESUMO

A literatura das bordas tem como principal especificidade a resistência cultural daqueles que foram colocados à margem. Nesse contexto, este trabalho desenvolve-se a partir do tema “Slam: performance da Comunidade Surda engendrando sentidos e territórios de resistência e reexistência”. A presente pesquisa torna-se relevante por evidenciar o Slam, performance apresentada por meio do encontro entre Língua de Sinais e língua oral, tendo como canal o corpo e a voz, como elementos constitutivos de sentidos propulsores de territórios de resistência e reexistência dos Sujeitos Surdos e sua cultura frente ao apagamento e à subalternidade que historicamente lhes foram impostos. Nesse sentido, este trabalho propõe analisar o Slam Surdo como manifestação cultural de uma comunidade que faz uso do corpo, da voz e do espaço para estabelecer a comunicação, a fim de compreender tal manifestação como propulsora de resistência, reexistência e reconhecimento do território cultural do Sujeito Surdo. Como metodologia utilizou-se a pesquisa bibliográfica, que possibilitou a construção do referencial teórico sobre a Literatura das bordas sob a ótica de Jerusa de Carvalho Pires Ferreira (2010); acerca da Literatura Surda performática e Literatura em Libras, fez-se uso dos pressupostos de Cynthia Peters (2010) e Rachel Sutton-Spence (2021), respectivamente; sobre Cultura Surda e Literatura Surda foram evidenciadas as ideias de Karin Strobel (2008); a respeito do Slam e do Slam Surdo lançou-se mão das conjecturas de Jéssica Balbino (2016) e Bruno Ferreira Abrahão (2018), respectivamente; e, por fim, acerca da performance e do uso do corpo e da voz fez-se uso das perspectivas de Paul Zumthor (2000). O estado da arte construído, bem como a utilização das reflexões feitas pelos poetas surdos Edinho Santos e Catharine Moreira, no documentário “O Silêncio e a Fúria: Poetas do Corpo” (2018) e na aula “Potência artista - Poéticas do corpo, expressões visuais na criação artística em LIBRAS” (2022), respectivamente, propiciaram a base para a análise dos Slams selecionados como corpus, “Do Trono” (2016a), de Amanda Lioli e Catharine Moreira, e “Mudinho” (2018), de Edinho Santos e James Bantu. As performances em questão, ao utilizarem o corpo, como propulsor de valores e sentidos, a voz, como meio de expansão da realidade, e o espaço, território físico e abstrato, constituem-se como estéticas arraigadas de história, Cultura e Identidade Surda, estabelecendo-se como territórios de resistência, reexistência e reconhecimento dessa cultura.

PALAVRAS-CHAVE: Performance. Slam Surdo. “Do Trono” e “Mudinho”. Corpo e voz. Resistência e Reexistência.

A banca de defesa ocorrerá por videoconferência. O link será encaminhado por e-mail à Comunicada Acadêmica. Caso alguém deseje o link, poderá solicitar por atendppgelit@ileel.ufu.br

Banca Examinadora: 
Kenia Maria de Almeida Pereira - Universidade Federal de Uberlândia - UFU
Ivan Marcos Ribeiro - Universidade Federal de Uberlândia - UFU (Suplente)
Lorena Faria - Instituto Federal de São Paulo - IFSP Capivari
Marcio Jean Fialho de Sousa - Universidade Estadual de Montes Claros - UNIMONTES
Fábio Izaltino Laura - Universidade Federal de Uberlândia - UFU
Regma Maria dos Santos - Universidade Federal de Catalão - UFCAT (Suplente)
Data e Horário: 
25/04/2024 - 14:00
Av. João Náves de Ávila, 2121 Bloco G, Sala 250
Uberlândia, Minas Gerais, Brasil
38400-902
Campus Santa Mônica - Bloco Bloco 1G - Sala 250
Complemento: 
Bloco G, Sala 250
Referências: 
Centro de Convivência