As Correspondências de Clarice Lispector: cartografias de um processo criativo
Publicado: 09/03/2021 - 17:38
Última modificação: 19/03/2021 - 22:42
As correspondências trocadas entre escritores são um importante objeto de estudo para aqueles que se dedicam a compreender o fazer literário. Os textos epistolares descortinam informações que ultrapassam dados biográficos e até mesmo íntimos de autores consagrados, permitindo à Crítica e à Historiografia Literária organizar e analisar esse acervo com o intuito de iluminar algumas dúvidas a respeito de obras e autores. As cartas servem, ainda, como uma espécie de espelho, a refletir determinadas nuances do próprio processo de gestação e criação da obra e, nessa perspectiva, tornam-se um espaço privilegiado, um locus para a construção de pensamentos e ideias. A partir de tais considerações, o intuito da presente tese foi o de colocar em destaque a correspondência de Clarice Lispector, considerando-a como um “laboratório” ou “arquivo” de criação literária, além de um importante suporte para a compreensão de sua obra ficcional e de suas concepções estéticas. Em nossa pesquisa, acompanhamos, nestes manuscritos, um trabalho miúdo ligado à gênese e à crítica do texto ficcional, acessamos os meandros da análise e da interpretação, identificamos as motivações externas e também as circunstâncias que originaram os primeiros romances de Clarice Lispector - Perto do Coração Selvagem (1943), O Lustre (1946), A Cidade Sitiada (1949) e A Maçã no Escuro (1961).
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