Miudezas Poéticas de Drummond
Publicado: 13/10/2022 - 11:28
Última modificação: 13/10/2022 - 11:28
RESUMO
O presente trabalho contempla as miudezas poéticas de Carlos Drummond de Andrade. O poeta mineiro, nascido em Itabira do Mato Dentro, é um expressivo representante do Modernismo Brasileiro e tem uma vasta obra poética em que trata do contexto social, situações afetivas guardadas na memória, abordagens do cotidiano e miudezas que podemos encontrar em seus versos mais singelos e simples. É com o uso dos recursos poéticos que Drummond caracteriza o ínfimo imprimindo um valor especial às ideias e palavras. Fazendo uso inteligente da ironia, abusando do verso livre e pavimentando sua obra poética com um prosaísmo sucinto e admirável, o poeta ocupa hoje um lugar de reverência na literatura brasileira. No uso adequado da linguagem poética, Drummond construiu imagens que fixaram na sua memória e na memória de quem o lê uma marca poética indelével que relaciona a sensibilidade às coisas comuns, simples, prosaicas e pequenas. Apoiado no pensamento de Gaston Bachelard (A poética do espaço (1974) e O ar e os sonhos (2001)) que dispõe sobre o poder da imagem poética e dá protagonismo ao devaneio, esse estudo tratou do ínfimo como marca de grandeza e alargamento na obra de Drummond. São as miudezas revestidas de uma simbologia e que, como uma nova imagem, encontram na interpretação de Bachelard a ideia de que, assim sendo, também enriquece a língua. O presente estudo está desdobrado em três capítulos – Onde descansam as miudezas, Cotidiano e Memória e As miudezas de Drummond. Os poemas investigados foram agrupados nos subtemas Costumes, Modos de Minas, Utilitários e Propósitos.
Palavras-chave: poesia; ínfimo; memória; cotidiano; miudezas
A defesa será realizada por videoconferência, no endereço a ser informado