O imaginário sempre floresce: um caminho pelas flores da mitologia aos contos de fadas de Hans Christian Andersen
Publicado: 01/02/2024 - 09:42
Última modificação: 01/02/2024 - 09:42
RESUMO
As flores representam forças imagéticas profundas nas narrativas. Imagens vegetais povoavam o mundo antigo, pois simbolizavam uma relação constante que os povos arcaicos tinham com o seu meio natural, cujos fenômenos eram desconhecidos e misteriosos. Os paraísos e os mundos invisíveis sempre trazem em seu cerne a ideia de um jardim, revelando poeticamente um imaginário rodeado por flores. Diante do encantamento pelo que floresce, vários mitos buscaram contar sobre o nascimento da flora. São histórias belas, muitas vezes com características trágicas, que narram sobre jovens que morreram na “flor da idade” e se transformaram. As flores são imagens além de tudo poéticas, são formas míticas imemoriais, e seus significados chegam até os dias de hoje ainda encantados e cantados pelas vozes antigas. As imagens de flores também estão presentes fortemente nos contos de fadas. Muitas vezes, é o desejo por uma flor que desencadeia o rumo da história ou mesmo encontrar uma flor é um meio de cura mágica para um encantamento. As narrativas e poesias que evocam as flores são muitas e o intuito deste trabalho é fazer um caminho de análise, um recorte de imagens das flores na mitologia, especialmente a mitologia grega, e também no imaginário religioso cristão, para alcançar a representação das flores em contos de fadas clássicos, para, enfim, se realizar uma leitura mais profunda de alguns contos de Hans Christian Andersen, escritor dinamarquês, autor de mais de 156 contos de fadas. Inspirado por diversas mitologias (principalmente a grega e a nórdica), histórias cristãs, histórias populares, poesias e lendas, Andersen escreveu inúmeras histórias e as flores, em suas narrativas, representam pertinente caminho de análise e estudo, já que as mesmas causam profundas lembranças e sentimentos poéticos na obra do escritor. As flores em Andersen são parte essencial da tessitura da narrativa contada, além de visitarem temas míticos primordiais. Neste trabalho, serão analisadas as narrativas de Andersen em que as flores são personagens com características humanas, como em contos em que as flores possuem profundo destaque na trajetória dos personagens. Dessa forma, essa tese pretende realizar um estudo arqueológico, em que as imagens das flores é que vão delinear o caminho de pesquisa pelas histórias que floresceram no imaginário das narrativas mágicas.
PALAVRAS-CHAVE: Imaginário; Contos de fadas; Mitologia; Simbologia das flores; Hans Christian Andersen.
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