A plasticidade humana e as ficções barrocas: um estudo de Las repeticiones de Silvina Ocampo
Publicado: 09/09/2022 - 18:30
Última modificação: 09/09/2022 - 18:32
Resumo
Nesta dissertação analisaram-se contos selecionados da obra, de publicação póstuma, Las repeticiones da escritora argentina Silvina Ocampo. A análise se fez à luz das teorias do humanismo secular, considerando as influências do humanismo espanhol e do Siglo de Oro, e tendo em vista o conceito de capacidade plástica, realizável pelo jogo da ficção, evidenciado tanto na obra como na postura de Silvina perante a vida. A análise dos contos também dispõe do suporte crítico e teórico do que Carlos Gamerro, teórico e romancista argentino, apresenta sobre a escrita e as ficções barrocas, ou seja, o jogo da ficção que apaga fronteiras entre o imaginário e as referências da realidade. Para Gamerro, Ocampo não tem estilo barroco em termos de linguagem, de acordo com a famosa classificação do barroco como jogo de palavras, mas, sim, no nível das ideias. O crítico argentino atribui a característica barroca de ficção a Cervantes e a Calderón de la Barca. Com isso, defende que escritores hispano-americanos comumente conhecidos como fantásticos – Borges, Bioy Casares, Cortázar, Silvina Ocampo, – são, na verdade, autores de ficções, as quais constroem um jogo de estruturas narrativas, de personagens e do referencial de real universal. Não obstante, pretende-se demonstrar, ainda, como essas questões vigoram a partir da análise dos contos selecionados para o trabalho.
Palavras-chave: Silvina Ocampo; humanismo secular; plasticidade; ficção barroca; insólito.
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