Pós-humanismo, bioética e relações de poder: a desumanização dos clones na obra Não me Abandone Jamais, de Kazuo Ishiguro
Publicado: 01/02/2024 - 09:14
Última modificação: 05/02/2024 - 14:35
RESUMO
Este trabalho teve como objetivo a análise da obra literária de Kazuo Ishiguro, intitulada Não me abandone jamais (2005), nos seguintes aspectos: a bioética, o póshumano, a ficção científica e as relações de poder, com o intuito de caracterizar o processo de desumanização dos clones. Assim sendo, a nossa hipótese era demonstrar como os clones são desumanizados, já que entendemos que essa desumanização ocorre quando eles são considerados sujeitos descartáveis. Como provamos, a desumanização dos clones se caracteriza pelo desrespeito aos seus direitos, pela utilização de suas vidas como uma estratégia para adiar a morte de uma parcela privilegiada da sociedade e, consequentemente, pelas relações de poder, as quais garantem o acesso dos mais abastados aos recursos que prolongam suas vidas. Nesse sentido, cada aspecto analisado nos ajudou a compreender uma faceta dessa caracterização, pois a bioética, por exemplo, nos esclareceu a conduta nas pesquisas científicas; o pós-humano nos ajudou a compreender a utilização de recursos artificiais no corpo humano para melhorar a qualidade de vida; a ficção científica nos ajudou a entender o porquê da utilização de clones na obra; e, finalmente, as relações de poder explicaram a maneira como o mais forte subjuga o mais fraco, nessa obra, representados pelos sujeitos privilegiados e os clones, respectivamente.
PALAVRAS-CHAVE: Desumanização, bioética, pós-humano, ficção científica, relações de poder.
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