Resumo: O objetivo do trabalho é analisar a estrutura discursiva condensada das narrativas gráficas Dom Quixote em quadrinhos volume 1 (2005) e Dom Quixote em quadrinhos volume 2 (2013), de Caco Galhardo, adaptadas de O engenhoso fidalgo D. Quixote de La Mancha ([1605] 2016) e de O engenhoso cavaleiro D. Quixote de La Mancha ([1615] 2017), de Miguel de Cervantes, na tradução de Sérgio Molina. Ambas as adaptações são tomadas como obras artísticas e autônomas, em conexão com o cânone do qual se originam. A estrutura discursiva das adaptações é examinada à luz dos conceitos de mostrador gráfico e de recitante desenvolvidos por Thierry Groensteen (2010) em que se verifica o alto grau de envolvimento do mostrador na narração. A partir disso, analisa-se as aventuras dos moinhos de vento, do primeiro volume, e da caverna de Montesinos, do segundo volume, revelando-se a associação entre as adaptações.

Palavras-chave: Adaptação; Quadrinhos; Quixote; Condensação; Caco Galhardo; Miguel de Cervante